Planos e traições: um hino de dor, reflexão e renascimento de Claudio Wallace, com o coração de Belém como cenário
O novo videoclipe do cantor e compositor paraense será lançado no Dia Mundial do Rock, 13 de julho
7/7/20252 min read


Belém do Pará pulsa em cada acorde. Em cada esquina de sua história, um eco de passado, paixão e resistência. É nesse cenário de alma viva que o cantor e compositor Claudio Wallace escolheu lançar seu sexto videoclipe oficial: “Planos e Traições”, uma canção profunda e visceral que estreia no próximo dia 13 de julho, Dia Mundial do Rock, às 13h, como se o número e a data marcassem uma conjuração poética entre a dor e a reinvenção.
A música é um mergulho na alma ferida de quem confiou e foi traído. Não há rodeios: Claudio vai direto ao âmago, transformando angústia em arte, mágoa em melodia. A canção escancara o que tantos tentam esconder — a fragilidade do amor e a perda de confiança que a traição arranca sem piedade. Com versos sérios, entregues com verdade, e um refrão que rasga o peito, “Planos e Traições” se apresenta como um espelho de realidades que se repetem todos os dias, em silêncio, nos bastidores das relações humanas.
O videoclipe oficial é uma extensão dessa alma ferida, mas caminhante. Claudio aparece em constante movimento, como quem carrega o peso de uma despedida e o desejo de recomeço. Sua caminhada reflexiva percorre um dos mais belos e simbólicos cartões-postais da Amazônia: o Complexo Feliz Lusitânia. Lugar de memória, fé e arte, esse cenário foi escolhido não só por sua beleza, mas por sua história com o próprio artista.
Nos anos 1980, ali, entre o Forte do Castelo, a Casa das Onze Janelas, a Praça Dom Frei Caetano Brandão, a Igreja de Santo Alexandre e a Igreja da Sé, o rock paraense encontrava abrigo e voz. Claudio Wallace era um desses jovens sonhadores que trocavam ideias sob as sombras das árvores e os ecos da cidade velha, antes de seguir rumo à Feira do Açaí, pelo Paço da Ladeira, ainda com os olhos brilhando de poesia e rebeldia.
É esse fio invisível entre passado e presente que dá alma ao videoclipe. As imagens trazem cores vibrantes, mas um caminhar melancólico. Um contraste que emociona. A orla da Baía do Guajará aparece como horizonte de um coração que sangra, mas que não desiste de acreditar em novos caminhos.
“Planos e Traições” é mais que uma canção — é uma crônica cantada da alma humana. Um desabafo íntimo que, paradoxalmente, encontra eco em muitos. É também um ato de homenagem: à cidade, à juventude perdida, ao poder de renascer. A faixa faz parte do mais recente trabalho de Claudio Wallace: “O Fantástico Mundo do Rock and Roll”, álbum que, como o próprio nome sugere, transita entre a fantasia e a realidade crua que o rock sempre soube narrar tão bem.
Num tempo em que a superficialidade domina muitas narrativas, Claudio Wallace oferece profundidade, verdade e beleza. E no palco de pedras seculares e céu amazônico, ele canta a dor como quem semeia esperança.
Porque, como aprendemos com “Planos e Traições”, caminhar em frente, mesmo ferido, é o primeiro passo para encontrar um novo amor — ou reencontrar a si mesmo.
Fonte: O Quarto Poder